21 de junho de 2019

FURACÃO CATARINA (2019): 15 anos Depois


Nos dias 27 e 28 de março de 2004, a Região Sul do Brasil foi afetada por um fenômeno atmosférico atípico, denominado de Furacão Catarina. O evento no litoral Sul do estado de Santa Catarina e no litoral Nordeste do Rio Grande do Sul causou severos danos, elevados prejuízos, destruição e mortes. Os danos mais frequentes foram relacionados às edificações (casas, galpões, estufas, posto de gasolinas etc.), infraestruturas urbanas (rede elétrica, telefonia, estradas etc.), flora e fauna. 

Os municípios mais afetados foram Passos de Torres, Balneário Gaivota e Balneário Arroio do Silva. Conforme o Decreto Estadual nº 1691/2004, do total de 38 municípios atingidos em Santa Catarina, 14 municípios decretaram estado de calamidade pública (ECP) e 24 situações de emergência (SE), 26.443 pessoas foram desabrigadas e desalojadas, e registrados 10 óbitos. Mais de 250 mil pessoas foram afetadas ( CEPED UFSC, 2020, pág. 18). 



                                                           Imagens ( google earth) 

    Os danos mais intensos causados pelo Furacão Catarina foram observados principalmente nos municípios localizados na orla marítima. Entretanto, o número de desabrigados e desalojados não refletiu tamanha destruição. Conforme o furacão se deslocou em direção ao interior sua intensidade diminuiu significativamente, demonstrando um padrão de destruição radial. Baseado nos ventos estimados “in loco” e na intensidade dos danos observados na área de impacto do furacão, o Catarina foi classificado como um furacão classe 2 de acordo com a escala Saffir-Simpson. 
O fenômeno apresentou três fases distintas em Bal. Arroio do Silva, sendo que a primeira fase foi marcada pelos fortes ventos do quadrante sul. A segunda fase, durante a passagem do olho, foi caracterizada pela calmaria, ausência de precipitação, baixa pressão e elevada temperatura. Na última fase, os ventos do quadrante norte foram os mais intensos, apresentando alto poder de destruição, fortes chuvas e baixa temperatura em relação ao olho. Os danos mais intensos causados pelo Furacão Catarina foram observados principalmente nos municípios localizados na orla marítima. Entretanto, o número de desabrigados e desalojados não refletiu tamanha destruição. Conforme o furacão se deslocou em direção ao interior sua intensidade diminuiu significativamente, demonstrando um padrão de destruição radial. Baseado nos ventos estimados “in loco” e na intensidade dos danos observados na área de impacto do furacão, o Catarina foi classificado como um furacão classe 2 de acordo com a escala Saffir-Simpson( Marcelino et al., 2005).


Furacão Catarina: em destaque os municipios mais afetados. 
Fonte: Marcelino et al., 2005

REFERÊNCIAS:  

CEPED UFSC, 2020. Gestão de Risco de Desastres no Brasil : panorama atual e tendências. Centro de Estudos e Pesquisas em Engenharia e Defesa Civil. Universidade Federal de Santa Catarina.  [Organização Rafael Schadeck] – Florianópolis, SC, BR. 

MARCELINO, Emerson Vieira, et al. Impacto do Furacão Catarina sobre a região sul catarinense: Monitoramento e avaliação pós-desastre. Geografia (2005): 559-582. 
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Rita Dutra
Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Geografia/UFSC. Pesquisadora do Laboratório de Gestão Costeira Integrada (LAGECI UFSC).




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