21 de fevereiro de 2023

Mudanças climáticas e ocupação desordenada contribuem para tragédia no litoral norte de São Paulo.

Tragédia no litoral norte de São Paulo.

  A.A. Notícias( 20/02/23)


Para o 36 mortes confirmado até agora litoral norte de Sao Paulo além de 2.400 desabrigados devido às fortes chuvas do último fim de semana, são o resultado de uma combinação de fatores. Os principais, segundo a meteorologista Ana Avila, do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), são as mudanças climáticas – tornando mais frequente esse tipo de evento extremo – e a ocupação desordenada natureza das cidades – que leva as pessoas a viverem em áreas de risco próximas a encostas e morros. 

Ela destaca que o Cepagri detectou que, entre 3h e 4h de domingo, no bairro Juquehyem São Sebastião, choveu 96 milímetros. “Isso significa 96 litros de água por metro quadrado em uma única hora. É muita água em pouco tempo. É impossível que o solo absorva”, diz Ávila.

Em toda a cidade de São Sebastião a precipitação acumulada foi superior a 600 milímetros em 24 horas, ou seja, 600 litros de água, em um único dia, em uma área quadrada pouco maior que um balde. Os sistemas de drenagem não deram conta, o que provocou alagamentos em áreas mais nobres e turísticas, além de alagamentos e deslizamentos de morros que causaram a maior parte das mortes e deslocamentos.

Segundo o meteorologista, as cidades brasileiras não estão preparadas para esses eventos naturais extremos, que tendem a se tornar mais frequentes em meio ao aquecimento global. “Observamos um aumento na frequência de eventos extremos e as cidades não foram planejadas para isso. Enfrentamos esse problema em todas as localidades do país hoje”.

No litoral norte paulista, a situação é agravada pela forma desordenada com que as cidades foram ocupadas, num modelo que privilegia o turismo, reservando os trechos mais próximos à praia para proprietários de terras e turistas de alta Renda, e empurrando moradores permanentes e trabalhadores para áreas próximas a encostas.

“O litoral paulista tem uma estreita faixa entre a praia e as montanhas do mar. Isso concentra problemas mais diluídos nas grandes cidades”, observa o urbanista e arquiteto Nabil Bonduki. “Há uma faixa superfaturada na beira da estrada em direção à praia, onde ficam os condomínios e pontos turísticos, e do outro lado da estrada, áreas que ficam mais desvalorizadas conforme você se aproxima da serra”, acrescenta. .

Ele explica que a massa de trabalhadores do litoral norte de São Paulo está impossibilitada de morar nas áreas mais valorizadas e está se estabelecendo, legal ou ilegalmente, perto dos morros e morros, que são as áreas de risco. “Enquanto as casas das áreas mais nobres ficam desocupadas a maior parte do ano, há pouco espaço para essas pessoas morarem e elas acabam se mudando para áreas mais inseguras”. Além disso, como comenta Bonduki, o Governo não consegue criar conjuntos habitacionais para essa população por falta de espaço.

“É um problema sério. A capacidade habitacional nesta região é baixa. Não são áreas adensadas e as áreas mais propícias à ocupação são as mais valorizadas, onde as vítimas fatais das chuvas, em geral, não conseguem viver por conta da Renda”, aponta o urbanista.

A meteorologista Ana Ávila aponta que, embora a população de alta Renda do litoral norte também esteja sendo afetada pelas chuvas concentradas, neste grupo as perdas são materiais por conta das enchentes causadas por infraestruturas que não suportam mais a dimensão de eventos extremos. Por outro lado, entre as pessoas de baixa Renda que são empurradas para as ladeiras, as perdas são de vidas humanas.

“Se estimarmos os prejuízos causados ​​por um evento como este, certamente é da ordem de milhões. E se trabalharmos em adaptações e medidas de mitigação para tais eventos, o custo também será da ordem de milhões, mas vidas serão preservadas”, sugere Ávila, lembrando que as adaptações precisam ser planejadas observando as necessidades de cada região.

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 Fonte: Aracajú Notícias

https://aracajuagoranoticias.com.br/mudancas-climaticas-e-ocupacao-desordenada-contribuem-para-tragedia-no-litoral-norte-de-sao-paulo-dizem-especialistas

Rita Dutra - LAGECIUFSC (21/02/23)

 


31 de janeiro de 2023

Navio russo chega na praia dos Ingleses e começa alargamento da faixa de areia ( 31/01/23)

Engordamento da Orla da Praia dos Ingleses - Norte da Ilha de SC 

                    Reportagem: GZH Verão - ClicRBS  


 Com a chegada de um navio russo do tipo draga no domingo (29/01/23), a prefeitura de Florianópolis Santa Catarina, já deu início ao alargamento da faixa de areia da Praia dos Ingleses, no norte da ilha, um dos pontos mais procurados pelos turistas. A obra está orçada em R$ 18,8 milhões e deve durar, em média, 45 dias

A ampliação será feita em três quilômetros de extensão da praia, iniciando no canto sul dos Ingleses e terminando 400 metros antes de chegar ao Rio Capivari. Em todo esse trecho, que representa aproximadamente dois terços do balneário, a faixa de areia será alargada para 45 metros — atualmente, varia entre 20 metros e um metro, em diferentes pontos. Em alguns locais, já não há areia alguma, diz o prefeito da cidade, Topázio Neto: “em Florianópolis, percebemos, ao longo dos anos, o crescimento do nível do mar em relação ao nível da areia das praias. Diversas de nossas praias tiveram redução das faixas de areia. O engordamento devolve a praia à sua condição do passado. Nos Ingleses, há locais onde o mar comeu tudo e a água já bate no muro das casas”, justifica o prefeito.


Para realizar a obra, a prefeitura localizou uma jazida de areia no mar, a mil metros de distância da orla, cujo aspecto do grão é semelhante ao da praia. Foi feito um estudo para avaliar o impacto ambiental da extração, a coloração da areia, que deve ser similar à da praia, e a granulometria. A empresa que fará a dragagem é a mesma que fez a ampliação de Canasvieiras, finalizada em 2020, e o navio veio direto da Rússia.

Segundo Prefeito, os banhistas poderão frequentar a praia durante o período de ampliação da faixa de areia. Os trechos onde a dragagem é realizada serão isolados gradualmente, e os que não tiverem obras poderão ser acessados. “Cada vez mais Florianópolis é procurada como destino turístico, e precisamos ter espaço na areia para os banhistas colocarem suas cadeiras. Além disso, os turistas gostam especialmente das praias do norte da ilha, como Canasvieiras, Ingleses e Jurerê”, afirma o prefeito.

A praia de Jurerê é a próxima praia que será submetida à obra de ampliação da faixa de areia, que deve começar ainda neste ano. “Vamos isolar cerca de 150 metros. Isolamos esse trecho, engordamos a faixa de areia, então liberamos o trecho e aí isolamos outros 150 metros. Daremos segurança aos banhistas”, garante o secretário Galina. 

Segundo o prefeito, após a ampliação da faixa de areia, é necessário realizar uma manutenção a cada 10 anos, a obra beneficiará tanto os moradores dos Ingleses quanto o movimento de turistas.


Draga Russa na Praia dos Ingleses 

                            Imagem: Alexandre Vieira (Defesa Civil Florianópolis) 

Reportagem: https://gauchazh.clicrbs.com.br/comportamento/verao/noticia/2023/01/navio-russo-chega-a-ingleses-e-comeca-alargamento-da-faixa-de-areia-cldj9wagh0057014sp9p60ocg.html 


30 de janeiro de 2023

Iniciado o alargamento da faixa de areia na Praia dos Ingleses/ Norte da Ilha de SC


Alargamento da Praia dos Ingleses/ Norte da Ilha de SC  

    

  A obra de alargamento foi iniciada no dia 29 de janeiro, no canto sul, com a dragagem acontecendo 24 horas. A obra se estenderá 2,87 km da orla, com expectativa de acrescimento de 45 metros de largura. Segundo a Prefeitura Municipal de Florianópolis, a área receberá um volume de 462 mil m³ de areia, retirada de jazida submarina que fica a um quilômetro de distância da orla, possuindo a mesma coloração e granulação da que perfaz o balneário. O custo final da obra será de R$ 18,8 mi, pago com recurso público.


O serviço está sendo executado pela empresa DTA Engenharia, vencedora da licitação. É a mesma empresa que foi responsável pelo alargamento da praia em Canasvieiras. A previsão é que a obra no Norte da Ilha seja entregue no início de março.

Obra de alargamento da orla da Praia dos Ingleses 

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Fontes de consultas:
3) https://www.guararemanews.com.br/iniciado-alargamento-da-faixa-de-areia-na-praia-dos-ingleses   

Foto 2: @praiadosinglesesfloripa - https://www.instagram.com/p/CoA2fjGJAzl/ 

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Observa Zona Costeira (Rita Dutra)
Pesquisadora do LAGECI UFSC


Mudanças climáticas e ocupação desordenada contribuem para tragédia no litoral norte de São Paulo.

T ragédia no litoral norte de São Paulo.   A.A. Notícias( 20/02/23) Para o  36 mortes  confirmado até agora  litoral norte de Sao Paulo  alé...